quinta-feira, 12 de junho de 2008

AUDI R8 FSI




A Audi ensaiava lançar um superesportivo desde o início dos anos 90. Em 1991 construiu o Avus, um conceito que foi exposto no centro da cidade de São Paulo, em 1994, por ocasião da chegada oficial da marca no país. Em 2000, apresentou o Rosemeyer, inspirado nos carros de corrida dos anos 50. E, em 2003, o Le Mans Quattro, que, finalmente, materializou-se no R8, lançado no fim de 2006 e que desembarca agora no Brasil. Ele chega e vai direto para a garagem de seus futuros proprietários, uma vez que o lote de 20 unidades importadas até o fim do ano já está inteiramente vendido, segundo a fábrica. As concessionárias começaram a oferecer o carro para os clientes assim que souberam que ele viria, antes mesmo de saber quanto iria custar. A Audi caprichou no pacote de equipamentos de série. Quem elaborou a configuração da versão brasileira mandou descer a loja com a lista inteira de itens disponíveis, deixando como opcionais apenas disqueteira para seis CDs, bancos envolventes Audi Exclusive e jogo de rodas e pneus aro 19 (o de série é 18). O "nosso" R8 vem com sistema de som Bang & Olufsen, suspensão com amortecedores ativos Magnetic Ride, ar-condicionado dual-zone e faróis bi-xenônio, além do acabamento de luxo que inclui couro nos bancos, camurça (Alcantara) no teto e alumínio na alavanca do câmbio e pedais. Não poderia ser diferente. O R8 entra no mercado na mesma faixa do Porsche 911 Turbo, o que significa que ele não deverá encontrar a facilidade de venda desses primeiros meses, quando o que seduz mais o comprador é, em boa parte, o ineditismo e a possibilidade de ter um modelo exclusivo, algo bem valorizado pelos clientes nesse segmento de mercado.

Assim como o principal rival, o R8 também aceita convite para passear e retribui com um rodar confortável, ainda que se sinta mais à vontade em uma pista particular, com toda a dinâmica de um modelo de competição. A suspensão do tipo duplo A, nos dois eixos, com amortecedores que variam a rigidez em função das condições de rodagem, faz com que o R8 se comporte com a suavidade de um sedã ou a rapidez de um kart. O motor V8 de 420 cv garante o impulso e a tração 4x4 (10% da força na dianteira e 90% na traseira), o equilíbrio. Na traseira, o aerofólio é acionado quando a velocidade atinge 120 km/h (e se recolhe aos 30 km/h).

Na pista de testes, o R8 se revelou um dos modelos mais rápidos já testados pela revista. Ele acelerou de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos. E, segundo a fábrica, pode chegar a 301 km/h de velocidade máxima. Na hora de parar, é igualmente eficiente.

Com esse modelo, a Audi só precisava de um nome de peso para entrar no clube dos esportivos. Por isso, batizou o carro de R8, mesmo nome do modelo de competição da fábrica, que entre 2000 e 2005 ganhou cinco das seis corridas que disputou em Le Mans, na França.

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